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Bem que eu gostaria de criar coragem e, simplesmente, apagar seu número da minha agenda telefônica e você da minha cabeça. Gostaria de resistir o bastante pra não te ligar, nem esperar que você me ligue. Queria eu poder olhar pra tua foto e não abrir um sorrisão abobalhado, espontâneo, feliz por te ver ali. Gostaria de ouvir uma boa música e que ela não me fizesse lembrar-te. Chegar bem próximo a você e não sentir o coração acelerar, a perna tremer, perder todo o assunto que fiquei horas decorando, nem aquele calafrio morno; ora um frio intenso capaz de entorpecer o corpo e escurecer a vista, ora um calor indescritível. Fico tentando encontrar meios de evitar uma nova reaproximação, no entanto, tudo parece insignificante. Quando tento afastar-lhe de mim, acabo por aproximar-me ainda mais. Mas se eu quero estar perto de você, ligeiramente você foge, some... desaparece. Então, decido abrir mão de tudo. E é nessa hora que você, como se fosse algo muito normal, liga-me bem cedo para me acordar. Ingênua, acredito que possivelmente tenha sentido minha falta e agora veio decidido a permanecer. E, mais uma vez, você some. Fico tentando descobrir o nome desse fenômeno, rodeado de encontros e desencontros. Ou terá sido apenas esperanças e ilusões? A história continua a repetir-se incansavelmente. Eu, tola, continuo alimentando o meu desejo de estar perto, a esperança que deixa de existir e passa a ser confundida com um leve ar de ilusão. Magoa a facilidade que você tem de dizer que não sente nada por mim e ao mesmo tempo a dúvida. No sms recebido, uma ligação de madrugada, no carinho trocado, um simples beijo no rosto, no olhar aconchegante e acolhedor, em uma foto, nas mãos que se tocam e em uma simples afirmação: ‘você estava linda’. São bobagens que despertam o sonho, a imaginação. Se não há sentimento, qual a sua dificuldade em partir e deixar-me sozinha com a minha dor? Minha desilusão? Pode sumir novamente, se quiseres. Mas, dessa vez, não volte e me desperte outra vez o desejo. Se for pra ficar, que seja eternamente ao meu lado. Porém, se não for, que desapareça de uma vez e deixe-me viver. Afinal, a dor de um sonho fracassado é menor que a dor da dúvida.

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